. Não fraquejar é combatê-los. Odiá-los significa alimentá-los. Não desistir, é maneira de cansá-los. Decepcioná-los é uma forma feri-los" . COLUNA BIBLIORAM Fundador do Biblioram e estudante de Biblioteconomia email: ramapereira1@hotmail.com home page: http://www.ramadanp.es.tl/Todo profissional busca adaptações à realidade. Novas formas de trabalho, causadoras de apreensão, atingem a formação do caráter humano. Na obrigatoriedade de ajustar-se para sobreviver profissionalmente, o homem passa a adquiri-la provocando uma transformação em seu sentimento ético. Li alguns artigos que tratam dos códigos de condutas profissionais que, na opinião de uma parte dos especialistas, não devem ser comparados com os códigos de condutas pessoais. Em linhas gerais, a realidade mundial interfere na formação humana de uma pessoa portadora de ambos os códigos. . Cito como exemplo um estudante de direito que, ao forma-se, passa a exercer sua atividade como advogado. Essa profissão se depara com uma atualidade geradora de conflitos entre diversos pensamentos. Pela ética de grande parte da sociedade ele é, severamente, criticado por defender um criminoso de alta periculosidade. Porém pelo seu código de ética profissional, o infrator tem direito à defesa e é inocente até que provem o contrário. Pela conduta profissional, o advogado pode criticar essa sociedade a qual o criticou. . Refletindo sobre isso, chego a, pelo menos, duas interrogações. Seria ético para grande parte da sociedade ser atingida pelos nossos padrões éticos? Seria ético agirmos com ética? . Um médico não pode desligar um aparelho que sustenta a vida vegetal de um paciente que, a décadas ocupa um leito hospitalar, e que poderia ser reservado a outro usuário contribuinte de impostos. Tomar essa atitude seria contra sua ética profissional, e um crime. Todavia pela sua ética pessoal há, no mínimo, outra interpretação relacionada ao sofrimento do doente. Seria justo uma pessoa sofrer tanto, e por tanto tempo? Seria correto decidirmos pela vida das pessoas? São perguntas completamente opostas representando dois comportamentos éticos. . Baseando-se nas diversas relações de condutas profissionais e pessoais, estão surgindo novos padrões de comportamentos que, se não considerados injustos, são no mínimo questionáveis. Nesse momento, deve existir flexibilidade para formar uma adaptação do ser humano diante das novas condutas éticas. . No aspecto cultural, de nada adianta empurrarmos goela abaixo nossa ética numa sociedade que já possui um código de conduta, que mesmo sendo ultrapassado, não deixa de ser ético. A flexibilidade intercede exatamente em como moldar os padrões antigos aos atuais de forma relevante e evitando conflitos. É preciso superar o comodismo e saber o momento exato para mudar uma cultura profissional, avaliando sua realidade, as relações sociais com outros indivíduos, as crenças e seus valores. Entretanto, não é recomendável buscar, com ansiedade, as novidades sem propósito para que não ocorra a incompreensão das pessoas. . A busca desesperada por resoluções pode não ser a melhor alternativa, e acumulá-las em prateleiras pode não ser a solução. É preciso observar a cultura da sociedade para que surjam novos processos que auxiliem e transformem, se necessários, a conduta ética. . REFERÊNCIAS: ARANALDE, Michel M. A questão ética na atuação do profissional bibliotecário. Em Questão, v. 11, n. 2, 2005. . |
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