. Não fraquejar é combatê-los. Odiá-los significa alimentá-los. Não desistir, é maneira de cansá-los. Decepcioná-los é uma forma feri-los" . COLUNA BIBLIORAM Fundador do Biblioram e estudante de Biblioteconomia home page: http://www.ramadanp.es.tl/.
Na minha época, existiam no currículo escolar disciplinas como Ciências Sociais e Educação Moral e Cívica. Hoje, a mídia noticia que nossas crianças se agridem. Pior, se estupram. Dá para acreditar? Adolescentes da alta sociedade, estudantes de conceituadas escolas particulares, cometendo crimes hediondos. Se fossem pobres e estudantes de colégios públicos estariam identificados nas capas dos principais jornais do país. . Os profissionais envolvidos na educação não têm mais o papel de educadores. São excelentes leitores de slides. Os poderosos da elite, que consideram a classe baixa como lixo, são influentes que compram a educação e controlam a censura. . Em nossa realidade mórbida, a preocupação dos pais é formar doutores. Sendo rico, me preocuparia, primeiramente, em criar um ser humano, um cidadão portador do mínimo de sensibilidade. De que adianta o intelecto, se não reconhecermos a importância de viver em sociedade respeitando os semelhantes. . A família antiga se envergonhava com as artes de seus filhos. Hoje, os pais ricos, manipuladores das notícias e fundadores da família moderna, descartam a moralidade encobrindo os atos vexatórios de seus descendentes. Não cheiram o hálito e nem as roupas usadas pelas crianças no dia a dia. Por omissão, erguem a seguinte faixa por trás das câmeras: “Dane-se os valores. O importante é formar intelectuais”. . Não é fácil ser pai! Quem é, sabe disso! Impossível conhecer 100% do que os filhos fazem. Nem por isso devemos fechar os olhos ao pouco que sabemos. Esse é o diferencial: “o pouco que sabemos”. O “pouco” é conquistado quando um bom professor, ou qualquer outro membro da sociedade, alerta a família sobre uma postura inadequada do mauricinho. E isso NÃO é conquistado quando os pais não aceitam esse alerta, e ameaçam os vizinhos, a escola e os profissionais que ali trabalham. . É o que falta nessas famílias ricas que acreditam que conforto e mesadas criarão futuros advogados, delegados e jornalistas. Na verdade, não estão confortando. Estão entregando-os a educação de elementos externos ao lar, como a droga, a má companhia e a libido numa fase prematura da vida. . Grande parte da educação não é dada somente na sala de aula. É aplicada no lar comprando livros, conhecendo a família dos amiguinhos, e selecionando determinados gêneros de filmes e programas televisivos. Pois, no caminho, ou até mesmo no portão da escola, ou dentro dela, é onde se criam alguns futuros estupradores. É onde o mimadinho do papai rico passa mais tempo do que em casa. É onde são despertados o vício, a curiosidade, a atração e a inveja dos coleguinhas. É onde os educadores não podem se omitir diante de atitudes suspeitas dos estudantes. É onde nossas queridas crianças são, lamentavelmente, convencidas que seus pais não têm tanta razão. . O governo e a escola se preocupam apenas em aprovar alunos não importando se aprenderão ou não. Pois o importante, repito, é “formar intelectuais” e apresentar bons números a Organização das Nações Unidas (ONU). Por que não fugir um pouco desse Planejamento Pedagógico limitado e atrasado? Por que não ensinar direitos, deveres, educação no trânsito e educação sexual? Por que não mostrarem que o sexo oposto NÃO é um inimigo a ser usado como vídeo game, e deve ser respeitado tanto quanto o próprio sexo? . Infelizmente, a responsabilidade social não interessa a alta sociedade e nem complementa a missão de algumas escolas privadas, ou de quem as controlam. Essas instituições visam apenas o lucro, objetivam a satisfação do cliente e são controladas pelo medo. O medo de perder o emprego de educador por não alertar. O medo de perder uma mensalidade pelo mesmo motivo. O medo de sua escola ser manchada ou fechada por temer pais poderosos e irresponsáveis que acham que seus FILHOS ESTUPRADORES são menos culpados que um filho de família pobre. . Omissão é um crime. E fazendo isso, tanto a família rica quanto a escola moderna, pregam o lema: “Dane-se os valores. O importante é formar intelectuais”.
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