. Não fraquejar é combatê-los. Odiá-los significa alimentá-los. Não desistir, é maneira de cansá-los. Decepcioná-los é uma forma de feri-los" . Fundador do Biblioram e estudante de Biblioteconomia email: ramapereira1@hotmail.com home page: http://www.ramadanp.es.tl/. Concluir pela segunda vez um curso superior é, para mim, um objetivo que surgiu de uma pequena oportunidade. Sou formado em Administração e agora me graduo em Biblioteconomia. Se tudo der certo, serei mais um bibliotecário na cidade de Florianópolis. É ... nossa Floripa, a ilha que sempre admirei, e que hoje não a reconheço mais. . No final de semana fui dar uma volta pela antiga Desterro, pois nos dias úteis é difícil em virtude do trânsito, da impaciência e do ódio de atravessar a ponte. Os congestionamentos são frequentes e as pessoas preferem sair de carro, pois o transporte coletivo é caro e sem qualidade. Tem de tudo no trânsito da capital, como condutores que não aceitam ficar atrás de um motociclista. Está certo que em outras capitais brasileira é pior, mas aqui não era para ser assim. . Analiso nossa população como CONFUSA e cúmplice desse descaso. O florianópolitano cobra manifestações para chamar os manifestantes de bandidos. Sinceramente, não entendo. O povo ilhéu reclama dos abusivos preços dos combustíveis, das passagens de ônibus, mas chamam os manifestantes de vagabundos e arruaceiros. Tento compreender de que lado a população está, o de lutar por um ideal, ou de apenas reclamar com o rosto coberto. . O Japão já começou a reconstrução após um tsunami. Que inveja! Em 40 anos pós-guerra, os japoneses se tornaram a segunda maior potência econômica mundial. Florianópolis, ainda pensa em ritmo de internet discada, a necessidade de construir mais uma ponte. E para alguns imbecis não é viável implantar o transporte marítimo ou trem de superfície. No início de 2010, estive no Nordeste do país, em Recife, capital de Pernambuco. Lá o trem de superfície é um sucesso, e dentro dele, em pleno verão de 40 graus, você congela com o ar condicionado. Em Florianópolis sofremos de hipotermia ao esperarmos por 50 minutos a chegada de um ônibus lotado. Na cidade pernambucana são poucos que reclamam da qualidade do transporte coletivo. . Tudo de errado ocorre na capital catarinense e alguns questionamentos surgem em relação aos serviços públicos. Quem são os empresários desses ramos? A violência aumenta, e quem são os donos das empresas do ramo da segurança? As passagens de ônibus sofrem reajustes, e quem são os empresários dos transportes coletivos e dos postos de combustíveis? . Na ilha até atentados acontecem. Pura Baléla! Como visto no Rio de Janeiro, até podem ser os próprios policiais, a mando do poder dominante, que são os mandantes desses atos. Subir o morro e prender traficantes geram muitos votos, e soltá-los mantém o ciclo de quem lucra no ramo de segurança. Poxa, parece um absurdo, mas pode ser verdade. Como traficantes, calçando sandálias de tiras, conseguiriam derrotar as técnicas, treinamentos, helicópteros, tecnologia e a inteligência da nossa polícia? E como derrotariam nosso exército? Somente a imprensa para nos convencer disso e camuflar a falta de vontade política. . Como numa cidade, onde se proibi o direito de ir e vir dos cidadãos, irá progredir? Para desenvolver essa idéia, vou refletir o que meu amigo Jaime José dos Santos dissertou semana passada na Coluna JJSS. Refiro-me aos dias de jogos no Estádio Aderbal Ramos da Silva, na Ressacada, onde a polícia dá segurança a uma pequena cambada de torcedores vagabundos que disseminam a violência. E oriundo disso, o cidadão de bem é obrigado a ficar na fila por causa de uma simples partida de futebol. Um pai não pode levar um filho doente ao hospital, pois a prioridade é dos torcedores chegarem ao estádio. Eu não posso ir para a faculdade, pois tenho que ficar nessa fila. O cidadão de bem não pode ir trabalhar, pois a prioridade é dos torcedores. Realmente isso não devia acontecer, mas ocorre somente na ilha catarinense. . Há muita insegurança nas ruas da Grande Florianópolis, mas policiais separando brigas de jogadores de futebol e torcidas desorganizadas sempre tem em excesso. Segurança para o cidadão de bem é um fantasma. O Disque-denúncia 190 é uma secretaria eletrônica, e a desculpa concedida é que são muitas as ocorrências. Enquanto isso, assaltos e seqüestros relâmpagos são freqüentes, e os turistas, iludidos pela propaganda enganosa que não mostra nossas praias poluídas, são metralhados nas ruas de uma cidade que, um dia, quis sediar uma Copa do Mundo de Futebol. Cara! A cidade não teve status nem para trazer, por APENAS uma noite, o U2, Metallica, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Paul Maccartney e outros. Como conseguirão ser sede, por quase UM MÊS, do maior evento esportivo do planeta? Sinceramente, torço intensamente para que isso mude. . Eu quero entender nossa ilha, mas não consigo. Ao irmos numa casa noturna, o responsável pela segurança do local é a própria casa noturna. Se vamos ao Banco, há vigilantes contratados te revistando e te constrangendo. Se você frequenta um teatro ou bar, o responsável pela segurança é o próprio estabelecimento. Como toda outra organização privada, o responsável pela segurança é a organização privada. Segundo o site clickrbs, em março de 2010, somente num dos clássicos entre Figueirense e Avaí, foram escalados para segurança mais de 290 policiais militares. Por que, no estádio de futebol e seus arredores, os clubes não garantem a segurança de seus usuários? E por que a Polícia insisti em escoltar torcedores bêbados e mascarados que provocam a violência? Eu ainda pergunto: Por que a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) não tem policiamento, e os roubos, assaltos e até o consumo de drogas são freqüentes a poucos metros da reitoria? Onde deve ter policiamento não tem, e as autoridades preferem defender o infrator, e virar as costas para o bom cidadão. . Diante de tudo, notamos a chegada de algumas novidades. Os estabelecimentos comerciais estão instalando portas giratórias com detectores de metal. Ao caminhar pelas ruas, ao levantar o rosto, observamos as câmeras nas ruas, cercas elétricas, e radares nas esquinas. Enquanto isso, a Prefeitura Municipal de Florianópolis tenta enganar a população com uma redução de R$ 0,05 na passagem de ônibus para uma minoria que não usa cartão. E os elevados preços dos combustíveis não incentivarão as pessoas a optarem por um transporte coletivo sem conforto, sem horário a cumprir, enfim sem qualidade, e que fica mais tempo em greve do que circulando. Mesmo com esses constantes reajustes dos combustíveis, ainda compensa se locomover com um automóvel de motor 8 cilindros. . O jeito é me trancar no quarto, escutar uma sonzeira, e escrever meu TCC. Se sobrar um tempinho catalogarei o acervo da minha biblioteca. Pois, sair de casa tem sido muito caro e perigoso. Passagem de ônibus e litro da gasolina custando quase R$ 3,00. Nossa! Tem empresário lucrando e se dando bem. . REFERÊNCIAS: . Santos, Jaime José dos. A fila. Coluna JJSS, postada em 20 abr. 2011 CLIQUE nessas logomarcas e seja MAIS um SEGUIDOR Biblioram PARCEIROS BIBLIORAM: Ajude a DIVULGAR o Biblioram. A HTML segue abaixo. É só copiar e colar. . |
quarta-feira, 4 de maio de 2011
A ILHA
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