Não fraquejar é combatê-los.
Odiá-los significa alimentá-los.
Não desistir, é maneira de cansá-los.
Decepcioná-los é uma forma de feri-los"
(ESPINDOLA, Ramadan Pereira, 2010).
COLUNA BIBLIORAM
Fundador do Biblioram. Formado em Administração. Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Santa Catarina
home page: http://www.ramadanp.es.tl/. .
DEDICADO A STAN LEE E STEVE DITKO.
Comecei a gostar de estórias em quadrinhos aos 10 anos idade. Meu irmão chegou em casa com a edição nº 40 do Homem-Aranha, lançada pela Editora Abril em outubro de 1986 (ver imagem abaixo ao lado esquerdo). Após isso, parte da minha mesada era reservada a aquisição das revistas mensais desse herói e, principalmente, na busca de alguns dos seus números anteriores. Começava a ser armazenado nas prateleiras do meu pequeno guarda-roupa um pequeno acervo de gibis, que foi aumentando, e a partir daí, me motivou a ser um RATO DE SEBO, que defino como o primeiro estágio de formação de um colecionador de revistas. .Aos 15 anos, não sei que aconteceu, resolvi vender todas minhas revistas, e isso era muito inferior ao que tenho hoje, mesmo assim bastante naquela época. Acredito que isso deu-se pois não lera as clássicas aventuras de Peter Parker e seu elenco. Cinco meses depois, passei em frente de uma banca de revista e, por impulso, comprei uma edição especial que sortia todas as aparições do inimigo nº 1 do aracnídeo, o doentio Duende Verde (ver imagem abaixo, lado direito). Quando li a trágica morte da belíssima e doce Gwen Stacy, que foi assassinada por Normam Osborn no alto da ponte de Manhattan, dias depois todos os SEBOS situados nas ruas de Florianópolis/SC foram mapeados e frequentados por mim. E isso continuou durante anos, pois eu era mais um feliz Office boy nas ruas da capital catarinense e não me custava entrar numa banca ou livraria. Não tinha um dia útil da semana que eu não as frequentava. Foi mais que uma paixão, era puro magnetismo. Com isso, conquistei aos poucos uma enorme coleção de contos extraordinários, como o primeiro encontro com o gigantesco Fanático, derrotado após nosso herói surrado enterrá-lo em cimento fresco, e o confronto com o Senhor do fogo, ex-arauto de Galactus. E o que dizer da morte da capitã Jean Dewolf, onde um aracnídeo vingativo quase assassinou o Devorador de Pecados. . Surgia durante as “Guerras Secretas” o uniforme negro, e anos depois, a revelação da identidade secreta diante de Mary Jane Watson, a única mulher com quem Peter Parker se casou. A dramática “Ultima caçada de Kraven” foi de tirar o fôlego, e muitas estórias desenhadas pelo mestre Todd Mcfarlane - mais tarde criador de Spawn, o soldado do inferno -, transformou um simples herói numa espécie de halterofilista de porte médio. Fiquei mais deslumbrado com a aparição do psicopata Carnificina do que quando surgiu o Venom, pois finalmente o amigão da vizinhança, tinha como inimigo uma espécie de Coringa mais poderoso e menos inteligente, porém imprevisível em chamar a atenção. Mas muito ruim mesmo, foi quando inicou-se a “fase do clone” com o aparecimento de Ben Reilly, sendo ou não o verdadeiro Peter Parker ou apenas um clone. No início dessa fase, tudo que eu lera até o momento poderia ter sido em vão, e pelo incrível que pareça, não era o super-herói que me fazia acompanhar as estórias, e sim, sua vida secreta e seus problemas cotidianos. . Acredito que o apaixonante não são os heróis, e sim, quem usam suas máscaras. Curto muito Bruce Wayne na pele do sombrio Batman. Mas para o homem-morcego que considero muito mais um detetive do que um super-herói, mesmo sem a referência dos pais na infância, vejo que tudo é muito mais fácil de conquistar referindo-se ao lado pessoal, pois o excesso de dinheiro contribui em muitos fatores como o conforto e o prazer. Já para o desconfortável Peter Parker, foi um estudante zombado pelos colegas e cresceu também sem a presença dos pais. Começou a trabalhar cedo para tentar pagar as contas e ajudar a pobre tia viúva que o criou, e até hoje isso continua. Aconteceu de tudo na vida dele. Algumas pessoas que amava foram assassinadas e a imprensa o difamou, o caçou. Apesar disso, na máscara do Homem-Aranha, Parker sempre manteve o bom humor diante do perigo e das tragédias, e sempre salvou os inocentes e inimigos como Jonah Jameson, o Lagarto e até os Osborns. De todos os personagens dos quadrinhos, afirmo que este é o mais crucificado, azarado, porém, menos reconhecido em seu universo e o mais engraçado e identificado com a maior parte da população mundial. . Hoje, com quase 36 anos, logicamente, minha frequência em bancas de revistas se resume a uma vez por mês, pois o que é antigo eu já possuo. Mas continuo adquirindo as revistas atuais e fazendo alguns downloads das estórias do aracnídeo, pois muito material não é lançado no Brasil. Se os personagens influenciam as pessoas, garanto a vocês, que um deles me motivou a ponto de me transformar num RATO DE SEBO. .
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