. Não fraquejar é combatê-los. Odiá-los significa alimentá-los. Não desistir, é maneira de cansá-los. Decepcioná-los é uma forma feri-los" . COLUNA BIBLIORAM Fundador do Biblioram e estudante de Biblioteconomia email: ramapereira1@hotmail.com home page: http://www.ramadanp.es.tl/. Os campos de futebol eram terrenos de chão batido e as traves de madeira não tinham redes. Naquela época, não tínhamos motivação à leitura. As Bibliotecas eram lugares assombrosos de cumprir castigo impostos pelos professores de uma ditadura militar que pregava a censura. Como essa importante instituição, fornecedora de informação, era mal utilizada por esses burros da educação. Falo agora, pois na minha marcante infância não tínhamos educadores que nos levassem à Biblioteca. Tínhamos apenas bibliotecários mal humorados que nos pediam silêncio. Noto como uma Biblioteca é importante para formação do cidadão, pois ali tem tanto o que aprender e a disseminar. . Não sabíamos como nos livrar das pessoas, pois não nos preocupavam com isso. E hoje é só matá-las mentalmente. Nossa! Como nos transformamos. As crianças de antigamente ganhavam carrinhos, bonecas e joguinhos. Passando-se vinte anos, nossos filhos continuam sem ganhar livros e revistas, e são presenteados com celulares de câmera digital e Gps. Isso foi mais fortalecido quando um corrupto, que acusava seus inimigos da mesma forma, não quis acabar COMO a isolada Cuba, e viramos parte do mundo contemporâneo ao escancarar nossas portas enferrujadas ao planeta e o avanço tecnológico. . Hoje somos despercebidos, surdos, ignorantes, desatualizados por causa do fantasma da Biblioteca criado pelos professores, e temos nada mais, que um depósito de livros empoeirados de obras raras que conta a história de um povo acomodado dependente de escrituras nas paredes. Tenho certeza absoluta que diversos professores de ensino médio não gostam de livros e não conseguem fazer uma pesquisa avançada em qualquer ferramenta de busca na internet. E isso é muito grave. Comparo esses incompetentes a alguns policiais que deveriam estar num escritório. Despreparados, preguiçosos e barrigudos, que não conseguem correr atrás de um trombadinha. . Diante dessa situação, lamentavelmente o que importa aos colonizadores, antes de investir na cidadania, é oferecer bem mais que matéria prima qualificada. Doar a imagem e a caridade, ou melhor, vender o que não somos às pessoas que crêem em qualquer bosta de obra de arte. . Fumamos nossos malditos cigarros para aliviar a tensão, e fazer com que tudo pareça normal como algo que é naturalmente parte da vida. Em frente a todos os falsos banners nas paredes, nossa recente juventude indignada e criminosa demonstra a esperança do surgimento de um milagre, que é apenas informação. . De qualquer forma, vivemos nossos finais de semanas torcendo que passem rápido, pois nos dias úteis, apesar de invisíveis, não nos sentimos meros solitários. Engraçado, nesses dias não percebemos como há buracos nas ruas, esgotos a céu aberto e falta de informação a um povo carente de cidadania. . . . Amanhã, apesar de tudo, a Biblioteca estará aberta e observaremos nossas paredes de alvenaria. Ajoelharemo-nos diante de nossos sonhos emoldurados que despertam as emoções das pessoas, e fortalecem por dentro e somente a nós mesmos. . Nem tudo que está escrito é verdade. Nem toda verdade é sabida. |
PARCEIROS BIBLIORAM:
Grandeeee RA que visão do nosso mundo, nossaaa meu velho tudo pura verdade e realidade consegui-se explanar nosso dia a dia como um pintor coloca suas tintas na tela. Ótimo texto.
ResponderExcluirJJSS.'.
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ResponderExcluirJJSS, valeu meu caro. É bom saber que existe pessoas que leem a coluna. muitos só passa por cima... Valeu mesmo...(Ramadan. biblioram.blogspot.com)
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